Um dos temas, do campo de estudos do marketing, mais debatidos da atualidade, é o Endomarketing.
A começar pelo termo Endomarketing, o qual só existe na língua portuguesa. E, para ser mais exato, no Brasil.
Tal fato se deve à cunhagem do termo, atribuída a Saul Bekin, que se intitula pioneiro no uso da expressão e detentor do registro da marca “Endomarketing”, de propriedade da empresa S.B. & C.A., junto ao INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).
O autor em questão, em seu livro Endomarketing – Como praticá-lo com sucesso – só publicado em 2005, descreve o método que usou para criar tal terminologia e assinala ter utilizado a expressão, pela primeira vez, em 1975, quando era gerente de produtos da Johnson e Johnson.
Cabe ressaltar no entanto, que o livro Princípios de Marketing, de autoria de Philip Kotler e Gary Armstrong, o qual teve sua primeira edição em língua portuguesa publicada em 1993, já apresentava, na página de nº 416, a expressão “Endomarketing” como sinônima de Marketing Interno.
Deixadas as questões cronológicas e autorais à parte, é importante destacar que o Endomarketing está se tornando uma ferramenta imprescindível às organizações que visam permanecer atuantes em um ambiente extremamente competitivo e sujeito a mudanças constantes como é o mercado nos dias atuais.
O endomarketing precisa ser percebido como um meio eficaz de reduzir, ou até mesmo extinguir, as barreiras existentes na comunicação interna propiciando a redução de conflitos entre o público interno da organização. Um instrumento capaz de reduzir o isolamento departamental e a natural resistência às mudanças constantes, ocorridas no ambiente corporativo.
Pesquisas comprovam que um dos principais instrumentos necessários ao bom desenvolvimento das ações de Endomarketing, é a utilização da intranet e de todos os veículos de comunicação interna, reais ou virtuais, que auxiliem na disseminação de mensagens com alto grau de confiabilidade, visto que estas são afiançadas pela organização.
Neste sentido, gostaria de chamar a atenção para este novo meio de comunicação que se mostra bastante adequado às ações de Endomarketing.
Vejam a reportagem a seguir e façam seus comentários.
Materia extraída da Gazeta de Piracicaba - Piracicaba,SP,Brazil
A nova tendência do marketing - como ferramenta de comunicação dirigida é chamada de Mobile Marketing (MM). Pode também ser chamado de marketing de mobilidade.
O Mobile Marketing é uma interessante maneira de fazer marketing através de entretenimento e construção de diálogos, usado para campanhas de marketing para dispositivos móveis, como telefone celular.
Proporciona, além de ações personalizadas e direcionadas, interativas e em tempo real, possibilidades comerciais, que vão desde o envio de mensagens de texto com promoções ou serviços, até a veiculação de fotografias e vinhetas corporativas. Os formatos mais conhecidos são o envio de SMS (Short Message Service) e MMS (Multimedia Messaging Service) e Bluetooth.
O que distingue a telefonia móvel como mídia de marketing dos canais tradicionais - TV, rádio e jornais - é que essa mídia permite ao remetente receber a confirmação de que as mensagens foram lidas e quantas foram apagadas. Seu custo é acessível e ela é aplicável a todos os setores de atividades, principalmente os que precisam encaminhar informações para grupos de pessoas que não ficam sempre na frente do computador.
O mercado mundial de propaganda em dispositivos móveis deve saltar de 1,8 bilhão de dólares, em 2007, para 24 bilhões de dólares em cinco anos, segundo a ABI Research.
A propaganda em celulares teve origem nos países Asiáticos e começou logo a crescer na Europa e Estados Unidos. No Brasil, que ocupa o 5º lugar no ranking dos países, tem atualmente mais de 112 milhões de usuários. A China é a primeira colocada, vindo, na seqüência Estados Unidos (233 milhões), Rússia (152 milhões) e Índia (149 milhões).
Para que a comunicação seja realizada é preciso que o consumidor permita o envio e recebimento de mensagens em seu celular.
Em breve estaremos convivendo com muitas campanhas de Mobile Marketing, portanto, o celular deve ser visto de duas formas: como ferramenta de divulgação e como forma interativa.
A construção de diálogos através do MM pode ser feita através das técnicas de Marketing Direto como Mobigames, MobiTV e Moblogging, M-Commerce. Em relação ao SMS, as aplicações são inúmeras: desde campanhas promocionais até a participação interativa em programas de TV.
O mercado brasileiro ainda não dispõe de listas com opt-in para aluguel visando ações de Mobile Marketing. Destacam-se atualmente o uso do MM em TV aberta e fechada, Mídia Impressa, Universidades, Mercado Imobiliário e Serviços Financeiros.
É importante para os empresários conhecerem o Mobile Marketing, para compreenderem como sua empresa pode impactar uma pessoa em um canal tão individual e interativo como o celular, que pode ser considerado como o ícone da convergência de tecnologias e ferramenta de marketing para estabelecer relacionamentos duradouros.
Antonio Carlos Giuliani, professor e coordenador dos cursos de MBA em Marketing
e Mestrado Profissional em Administração - Unimep.