quinta-feira, 8 de outubro de 2009

E a imagem da empresa..., como é que fica?

Vez por outra me pergunto (você também?) quem deve ser o responsável por cuidar da imagem das organizações e dos produtos e serviços que as evidenciam e representam no mercado?
O Marketing? A Publicidade? A Propaganda? A Assessoria de Imprensa?
Vários setores reivindicam a honrosa tarefa. É fato.
No entanto, como é sabido popularmente, aquilo que pertence a todos, na verdade, não é de ninguém.
E assim contemplamos regularmente, não só na mídia comum como também em algumas ações de comunicação não convencionais, a deterioração e o esfacelamento paulatino daquilo que uma empresa possui de mais sagrado. Sua imagem.
Ao contrário do que muitos incautos preconizam, a imagem de uma empresa não é indestrutível.
A história contada pelo mercado está aí para comprovar.
O custo da restauração é sempre maior que o da obra original. E, tratando-se de produtos e serviços, o arranhão permanece.
O "recall" tornou-se prática.
Isso é bom para a imagem de uma empresa?
É possível fazer "recall" quando tratamos da prestação de serviços?
A má propaganda comete deslizes graves e veicula o absurdo em larga escala. Quem perde e quem ganha com isso?
São questões que merecem atenção e, principalmente, muita reflexão.
Como sugestão, indico a releitura dos manuais Relações Públicas.
Está tudo lá, para quem quiser ler.
E ver que muitos desastres sofridos por algumas marcas poderiam ter sido facilmente evitados.


Por hoje é só meus amigos.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Mobile Marketing. Uma ferramenta imprescindível às ações de Endomarketing.


Um dos temas, do campo de estudos do marketing, mais debatidos da atualidade, é o Endomarketing.

A começar pelo termo Endomarketing, o qual só existe na língua portuguesa. E, para ser mais exato, no Brasil.

Tal fato se deve à cunhagem do termo, atribuída a Saul Bekin, que se intitula pioneiro no uso da expressão e detentor do registro da marca “Endomarketing”, de propriedade da empresa S.B. & C.A., junto ao INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).

O autor em questão, em seu livro Endomarketing – Como praticá-lo com sucesso – só publicado em 2005, descreve o método que usou para criar tal terminologia e assinala ter utilizado a expressão, pela primeira vez, em 1975, quando era gerente de produtos da Johnson e Johnson.

Cabe ressaltar no entanto, que o livro Princípios de Marketing, de autoria de Philip Kotler e Gary Armstrong, o qual teve sua primeira edição em língua portuguesa publicada em 1993, já apresentava, na página de nº 416, a expressão “Endomarketing” como sinônima de Marketing Interno.

Deixadas as questões cronológicas e autorais à parte, é importante destacar que o Endomarketing está se tornando uma ferramenta imprescindível às organizações que visam permanecer atuantes em um ambiente extremamente competitivo e sujeito a mudanças constantes como é o mercado nos dias atuais.

O endomarketing precisa ser percebido como um meio eficaz de reduzir, ou até mesmo extinguir, as barreiras existentes na comunicação interna propiciando a redução de conflitos entre o público interno da organização. Um instrumento capaz de reduzir o isolamento departamental e a natural resistência às mudanças constantes, ocorridas no ambiente corporativo.

Pesquisas comprovam que um dos principais instrumentos necessários ao bom desenvolvimento das ações de Endomarketing, é a utilização da intranet e de todos os veículos de comunicação interna, reais ou virtuais, que auxiliem na disseminação de mensagens com alto grau de confiabilidade, visto que estas são afiançadas pela organização.
Neste sentido, gostaria de chamar a atenção para este novo meio de comunicação que se mostra bastante adequado às ações de Endomarketing.
Vejam a reportagem a seguir e façam seus comentários.
Materia extraída da Gazeta de Piracicaba - Piracicaba,SP,Brazil
A nova tendência do marketing - como ferramenta de comunicação dirigida é chamada de Mobile Marketing (MM). Pode também ser chamado de marketing de mobilidade.

O Mobile Marketing é uma interessante maneira de fazer marketing através de entretenimento e construção de diálogos, usado para campanhas de marketing para dispositivos móveis, como telefone celular.

Proporciona, além de ações personalizadas e direcionadas, interativas e em tempo real, possibilidades comerciais, que vão desde o envio de mensagens de texto com promoções ou serviços, até a veiculação de fotografias e vinhetas corporativas. Os formatos mais conhecidos são o envio de SMS (Short Message Service) e MMS (Multimedia Messaging Service) e Bluetooth.

O que distingue a telefonia móvel como mídia de marketing dos canais tradicionais - TV, rádio e jornais - é que essa mídia permite ao remetente receber a confirmação de que as mensagens foram lidas e quantas foram apagadas. Seu custo é acessível e ela é aplicável a todos os setores de atividades, principalmente os que precisam encaminhar informações para grupos de pessoas que não ficam sempre na frente do computador.

O mercado mundial de propaganda em dispositivos móveis deve saltar de 1,8 bilhão de dólares, em 2007, para 24 bilhões de dólares em cinco anos, segundo a ABI Research.
A propaganda em celulares teve origem nos países Asiáticos e começou logo a crescer na Europa e Estados Unidos. No Brasil, que ocupa o 5º lugar no ranking dos países, tem atualmente mais de 112 milhões de usuários. A China é a primeira colocada, vindo, na seqüência Estados Unidos (233 milhões), Rússia (152 milhões) e Índia (149 milhões).

Para que a comunicação seja realizada é preciso que o consumidor permita o envio e recebimento de mensagens em seu celular.
Em breve estaremos convivendo com muitas campanhas de Mobile Marketing, portanto, o celular deve ser visto de duas formas: como ferramenta de divulgação e como forma interativa.
A construção de diálogos através do MM pode ser feita através das técnicas de Marketing Direto como Mobigames, MobiTV e Moblogging, M-Commerce. Em relação ao SMS, as aplicações são inúmeras: desde campanhas promocionais até a participação interativa em programas de TV.
O mercado brasileiro ainda não dispõe de listas com opt-in para aluguel visando ações de Mobile Marketing. Destacam-se atualmente o uso do MM em TV aberta e fechada, Mídia Impressa, Universidades, Mercado Imobiliário e Serviços Financeiros.

É importante para os empresários conhecerem o Mobile Marketing, para compreenderem como sua empresa pode impactar uma pessoa em um canal tão individual e interativo como o celular, que pode ser considerado como o ícone da convergência de tecnologias e ferramenta de marketing para estabelecer relacionamentos duradouros.

Antonio Carlos Giuliani, professor e coordenador dos cursos de MBA em Marketing
e Mestrado Profissional em Administração - Unimep.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Quem sabe o que se passa na mente de alguns "empresários"?


Dia desses, garimpando pelos sites da vida, encontrei um texto do Sr. Dominic de Souza, Country Manager da DQ&A, multinacional holandesa especializada em Ad Operations.
A pompa e circunstância da titulação me chamaram a atenção.
Tomei então a liberdade de transcrever partes da matéria, a fim de compartilhar e principalmente poder analisar, com a ajuda de meus preclaros leitores, o conteúdo da mesma.
A matéria possuía o seguinte título: “O QUE IMPEDE OS GRANDES EMPRESÁRIOS DE INVESTIR NA PUBLICIDADE ONLINE?”
E, mais adiante, se lia:
“Muitos executivos sabem que um dos atrativos da mídia online é poder focar no cliente certo, porém, poucos reconhecem seus próprios públicos. Essa dificuldade em selecionar os alvos, interfere diretamente na decisão de investir ou não, pois ao ficar na dúvida, torna-se mais fácil apostar em uma mídia de abrangência geral como jornais, revistas e outdoors ao invés de investir em pesquisas que visam selecionar seus públicos. Porém, o que esses empresários não sabem é que, mesmo sem o total conhecimento sobre seu público-alvo, eles podem utilizar a internet para testar a melhor área de atuação, devido à flexibilidade de mudar o rumo durante o processo que essa mídia proporciona, ou seja, errou na mensagem, pode-se deletar tudo e colocar uma nova proposta.”
Após a leitura atenta de todo o conteúdo, pude perceber que não se tratava apenas de mais uma ode aos fantásticos poderes da publicidade na Internet. Mais, e pior ainda, um conteúdo simplório abordava um tema delicado e que deveria merecer, por parte do cidadão em questão, mais estudo, atenção e respeito.
Epa, epa, epa, epa! Mais devagar com o andor moçada.
Estamos falando de Comunicação e de um fator importantíssimo que de modo algum pode ser dissociado da mesma, qual seja, a Formação de Imagem.
A internet é um veículo de comunicação fabuloso — não resta a menor dúvida — mas daí a dizer que é a solução para a falta de conhecimento que alguns empresários têm do seu público alvo, carência de verba e justificativa para a ausência de pesquisa, aí já é demais.
O Boletim IBOPE de 29/04/2008 publicou uma matéria onde foram apresentados os resultados de um estudo inédito de autoria dos executivos do IBOPE Mídia, Affonso Barrella e Michelle Freitas “O consumidor multimídia: uma tendência contemporânea”.
No que se refere à Internet o documento comenta o seguinte:

“Apesar de ser o meio de comunicação que obteve as maiores taxas de crescimento e penetração no decorrer dos últimos anos, a internet ainda aparece como um veículo segmentado. Sua penetração por classe social aparece da seguinte forma: 28% - classes AB, 16% - classe C e apenas 1% das classes D e E.
Quando avaliada em relação a sua credibilidade, a internet aparece como a ferramenta menos confiável do país, com média 2,73. Para o mercado publicitário, também não aparece como uma das ferramentas mais efetivas: alcançou média 2,92 quando avaliada pela atenção que os usuários despendem a propagandas veiculadas neste meio.


Creio que este seja um bom motivo e a resposta, com aval e credibilidade, para a questão proposta pelo Sr. Dominic de Souza. Não acham?
E por falar em credibilidade, que me perdoem os neófitos, mas a Comunicação pertinente, criativa e bem feita não é terreno para amadores.
Para concluir, gostaria deixar registrado que, a esta altura dos acontecimentos, ainda causa-me espanto deparar com argumentos do tipo “errou na mensagem, pode-se deletar tudo e colocar uma nova proposta”.

Cuidado meus amigos. A mente do público não é papel rascunho.

E a imagem de uma empresa, produto ou serviço não tem várias vidas como os heróis de vídeo game.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

A banalização de Princípios

O objetivo desse blog é servir como espaço de reflexão e discussão de assuntos relacionados ao campo da Comunicação. Todo conhecimento é bem-vindo. Toda a polêmica também.
Sendo assim, que tal a famosa frase de Nelson Rodrigues para dar início ao nosso papo?
Toda a unanimidade é burra.

Por analogia, neste caso, podemos intuir que "Toda a controvérsia é inteligente".
Generalização ou constatação, este parece ser o princípio básico que vem regendo o mundo das comunicações nos últimos tempos.

Valores e princípios tornaram-se sinônimos?

A última década do século passado notabilizou-se por questionar paradigmas.
Perfeito. Sou a favor. Mas será que na busca da modernidade e na tentativa de nos livrarmos
do estigma de estar, ou parecer estar, ficando velho acabamos por "perder a mão"?
Digo mais. Será que os veículos de comunicação — egressos de uma época em que o foco da comunicação era a massa — não estariam repetindo uma receita por si só anacrônica que serviria a interesses de grupos poderosos e com objetivos questionáveis.
Deixo aos amigos leitores as seguintes questões:
  • A quem poderia interessar este atual estado de coisas?

  • O quarto poder não estaria sendo manipulado?

  • O que podemos fazer para alterar este contexto?


Como já dizia o "velho guerrreiro", eu não vim aqui para explicar e sim para confundir.