
Dia desses, garimpando pelos sites da vida, encontrei um texto do Sr. Dominic de Souza, Country Manager da DQ&A, multinacional holandesa especializada em Ad Operations.
A pompa e circunstância da titulação me chamaram a atenção.
Tomei então a liberdade de transcrever partes da matéria, a fim de compartilhar e principalmente poder analisar, com a ajuda de meus preclaros leitores, o conteúdo da mesma.
A matéria possuía o seguinte título: “O QUE IMPEDE OS GRANDES EMPRESÁRIOS DE INVESTIR NA PUBLICIDADE ONLINE?”
E, mais adiante, se lia:
“Muitos executivos sabem que um dos atrativos da mídia online é poder focar no cliente certo, porém, poucos reconhecem seus próprios públicos. Essa dificuldade em selecionar os alvos, interfere diretamente na decisão de investir ou não, pois ao ficar na dúvida, torna-se mais fácil apostar em uma mídia de abrangência geral como jornais, revistas e outdoors ao invés de investir em pesquisas que visam selecionar seus públicos. Porém, o que esses empresários não sabem é que, mesmo sem o total conhecimento sobre seu público-alvo, eles podem utilizar a internet para testar a melhor área de atuação, devido à flexibilidade de mudar o rumo durante o processo que essa mídia proporciona, ou seja, errou na mensagem, pode-se deletar tudo e colocar uma nova proposta.”
Após a leitura atenta de todo o conteúdo, pude perceber que não se tratava apenas de mais uma ode aos fantásticos poderes da publicidade na Internet. Mais, e pior ainda, um conteúdo simplório abordava um tema delicado e que deveria merecer, por parte do cidadão em questão, mais estudo, atenção e respeito.
Epa, epa, epa, epa! Mais devagar com o andor moçada.
Estamos falando de Comunicação e de um fator importantíssimo que de modo algum pode ser dissociado da mesma, qual seja, a Formação de Imagem.
A internet é um veículo de comunicação fabuloso — não resta a menor dúvida — mas daí a dizer que é a solução para a falta de conhecimento que alguns empresários têm do seu público alvo, carência de verba e justificativa para a ausência de pesquisa, aí já é demais.
O Boletim IBOPE de 29/04/2008 publicou uma matéria onde foram apresentados os resultados de um estudo inédito de autoria dos executivos do IBOPE Mídia, Affonso Barrella e Michelle Freitas “O consumidor multimídia: uma tendência contemporânea”.
No que se refere à Internet o documento comenta o seguinte:
“Apesar de ser o meio de comunicação que obteve as maiores taxas de crescimento e penetração no decorrer dos últimos anos, a internet ainda aparece como um veículo segmentado. Sua penetração por classe social aparece da seguinte forma: 28% - classes AB, 16% - classe C e apenas 1% das classes D e E.
Quando avaliada em relação a sua credibilidade, a internet aparece como a ferramenta menos confiável do país, com média 2,73. Para o mercado publicitário, também não aparece como uma das ferramentas mais efetivas: alcançou média 2,92 quando avaliada pela atenção que os usuários despendem a propagandas veiculadas neste meio.
Creio que este seja um bom motivo e a resposta, com aval e credibilidade, para a questão proposta pelo Sr. Dominic de Souza. Não acham?
E por falar em credibilidade, que me perdoem os neófitos, mas a Comunicação pertinente, criativa e bem feita não é terreno para amadores.
Para concluir, gostaria deixar registrado que, a esta altura dos acontecimentos, ainda causa-me espanto deparar com argumentos do tipo “errou na mensagem, pode-se deletar tudo e colocar uma nova proposta”.
Cuidado meus amigos. A mente do público não é papel rascunho.
E a imagem de uma empresa, produto ou serviço não tem várias vidas como os heróis de vídeo game.
A pompa e circunstância da titulação me chamaram a atenção.
Tomei então a liberdade de transcrever partes da matéria, a fim de compartilhar e principalmente poder analisar, com a ajuda de meus preclaros leitores, o conteúdo da mesma.
A matéria possuía o seguinte título: “O QUE IMPEDE OS GRANDES EMPRESÁRIOS DE INVESTIR NA PUBLICIDADE ONLINE?”
E, mais adiante, se lia:
“Muitos executivos sabem que um dos atrativos da mídia online é poder focar no cliente certo, porém, poucos reconhecem seus próprios públicos. Essa dificuldade em selecionar os alvos, interfere diretamente na decisão de investir ou não, pois ao ficar na dúvida, torna-se mais fácil apostar em uma mídia de abrangência geral como jornais, revistas e outdoors ao invés de investir em pesquisas que visam selecionar seus públicos. Porém, o que esses empresários não sabem é que, mesmo sem o total conhecimento sobre seu público-alvo, eles podem utilizar a internet para testar a melhor área de atuação, devido à flexibilidade de mudar o rumo durante o processo que essa mídia proporciona, ou seja, errou na mensagem, pode-se deletar tudo e colocar uma nova proposta.”
Após a leitura atenta de todo o conteúdo, pude perceber que não se tratava apenas de mais uma ode aos fantásticos poderes da publicidade na Internet. Mais, e pior ainda, um conteúdo simplório abordava um tema delicado e que deveria merecer, por parte do cidadão em questão, mais estudo, atenção e respeito.
Epa, epa, epa, epa! Mais devagar com o andor moçada.
Estamos falando de Comunicação e de um fator importantíssimo que de modo algum pode ser dissociado da mesma, qual seja, a Formação de Imagem.
A internet é um veículo de comunicação fabuloso — não resta a menor dúvida — mas daí a dizer que é a solução para a falta de conhecimento que alguns empresários têm do seu público alvo, carência de verba e justificativa para a ausência de pesquisa, aí já é demais.
O Boletim IBOPE de 29/04/2008 publicou uma matéria onde foram apresentados os resultados de um estudo inédito de autoria dos executivos do IBOPE Mídia, Affonso Barrella e Michelle Freitas “O consumidor multimídia: uma tendência contemporânea”.
No que se refere à Internet o documento comenta o seguinte:
“Apesar de ser o meio de comunicação que obteve as maiores taxas de crescimento e penetração no decorrer dos últimos anos, a internet ainda aparece como um veículo segmentado. Sua penetração por classe social aparece da seguinte forma: 28% - classes AB, 16% - classe C e apenas 1% das classes D e E.
Quando avaliada em relação a sua credibilidade, a internet aparece como a ferramenta menos confiável do país, com média 2,73. Para o mercado publicitário, também não aparece como uma das ferramentas mais efetivas: alcançou média 2,92 quando avaliada pela atenção que os usuários despendem a propagandas veiculadas neste meio.
Creio que este seja um bom motivo e a resposta, com aval e credibilidade, para a questão proposta pelo Sr. Dominic de Souza. Não acham?
E por falar em credibilidade, que me perdoem os neófitos, mas a Comunicação pertinente, criativa e bem feita não é terreno para amadores.
Para concluir, gostaria deixar registrado que, a esta altura dos acontecimentos, ainda causa-me espanto deparar com argumentos do tipo “errou na mensagem, pode-se deletar tudo e colocar uma nova proposta”.
Cuidado meus amigos. A mente do público não é papel rascunho.
E a imagem de uma empresa, produto ou serviço não tem várias vidas como os heróis de vídeo game.
Um comentário:
Oi, Álvaro!
Realmente, o conteúdo é pra lá de simplório.
O Sr. Dominic afirma que " errou na mensagem, pode-se deletar tudo e colocar uma nova proposta.” Entendi bem? Ele chama a isso de "flexibilidade"? Você transmite uma mensagem equivocada e, depois, simplesmente diz: "Olha, esqueçam tudo! Não era nada disso. Estava tudo errado!" E o estrago que isso já pode ter causado, não conta? Não é à toa que a internet é um dos meios de mais baixa credibilidade entre todos.
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